segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Estudo 9 - Em Que Dia Jesus Morreu?

9.1 - Introdução
Embora Mateus, Marcos e Lucas concordem perfeitamente sobre a data judaica da morte de Jesus, posicionando-a no dia 15 do primeiro mês, a maior parte dos teólogos da Cristandade tem defendido outra data, a saber, o dia 14 de Nisan, para o evento da crucifixão. À primeira vista, essa divergência pode parecer de pouca importância; não obstante, ela é capaz de alterar todo o quadro profético. Ocorre que o ano 31 tem dificuldades para comportar uma Sexta-feira 14, mas admite com facilidade uma Sexta-feira 15. Por outro lado, o ano 30 não comporta, de maneira alguma, uma Sexta-feira 15, permitindo, no entanto, uma Sexta-feira 14. Sendo, pois, que a data da morte de Cristo repercute tão decisivamente sobre o cômputo dos períodos proféticos, faz-se necessário aprofundar a investigação no sentido de descobrir que opção (se 14 ou 15 de Nisan) melhor se harmoniza com o conjunto das informações bíblicas.

9.2 - Testemunho dos Sinóticos
A Bíblia afirma que “por boca de duas ou três testemunhas toda questão será decidida” 2 Coríntios 13:1. Ver Deuteronômio 17:6; 19:15; Mateus 18:16; João 8:17; 1 Timóteo 5:19; e Hebreus 10:28. No que tange ao tempo da morte do Salvador, os registros de Mateus, Marcos e Lucas não deixam margens para dúvidas: Jesus realmente morreu no dia 15 de Nisan.

Estudo 8 - O Meio da Septuagésima Semana

8.1 - Introdução
Como ficou demonstrado no estudo anterior, tanto 458 A.C. quanto 457 A.C. são datas possíveis para a viagem de Esdras. Os dados documentais disponíveis atualmente (escritores clássicos, tabletes babilônicos e papiros judaicos de Elefantina) não são suficientes para a eliminação de uma dessas 2 alternativas.
De qualquer forma, esse quadro já é bastante positivo, pois permite apenas 2 arranjos de datas para o esquema cronológico de Daniel 8 e 9: começando o cálculo profético em 458 A.C., o batismo de Jesus é fixado no ano 26 A.D., Sua morte cai no ano 30 A.D. e o início da purificação do Santuário Celestial ocorre no ano de 1.843 A.D.; por outro lado, tomando 457 A.C. para o início dos mesmos períodos proféticos, o batismo de Jesus vai para o ano 27 A.D., Sua morte ocorre no ano 31 A.D. e a purificação do Santuário Celestial tem início em 1.844 A.D..
Sendo possível estabelecer ao menos uma dessas outras datas do esquema profético de Daniel (27 A.D., 31 A.D. ou 1.844 A.D.) por algum método de pesquisa confiável, a dúvida existente em torno de qual dos 2 arranjos corresponde à verdade histórica será eliminada. De todas essas datas, a da morte de Jesus é a que reúne o maior e melhor conjunto de dados disponíveis para sua localização. O objetivo deste estudo é determinar, através da Bíblia, da História e da Astronomia, a data exata da crucifixão de Jesus.
Algumas informações disponíveis em estudos anteriores serão de grande relevância agora. Por isso, seria aconselhável que o leitor reexaminasse alguns tópicos de estudos passados antes de ler o conteúdo desta presente lição. São eles:

3.11 - Referências Astronômicas. (Em especial, o tópico intitulado “Coordenadas Astronômicas.”)

domingo, 15 de dezembro de 2013

Estudo 7 - Certezas e Incertezas sobre 457 A.C.

7.1 - Introdução
O objetivo deste estudo é apresentar as dificuldades envolvidas na fixação do ano 457 A.C. como o sétimo ano do rei Artaxerxes, considerado o ponto de partida dos períodos proféticos de Daniel 8 e 9. Esse assunto tem gerado acirrados debates nos círculos teológicos, motivando a produção de muitos artigos e livros. Do material escrito sobre o tema, destaca-se a obra de Lynn H. Wood e Siegfried H. Horn, intitulada The Chronology of Ezra 7. Apesar do grande empenho de Horn para oferecer subsídios em prol da data 457 A.C., não havia dados suficientes que permitissem a eliminação de todas as dúvidas pertinentes ao assunto, o que o levou a reconhecer que “para Artaxerxes I, essa incerteza ainda existe em um certo grau”. Despindo-se de todo tipo de ufanismo, o qual fecha os olhos para a realidade dos fatos, deve o investigador sincero reunir ao seu redor todos os dados favoráveis e desfavoráveis à sua posição, buscando, através de um método científico, solucionar com honestidade os problemas.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Estudo 6 - A Precisão dos Períodos Proféticos

Confirmando a Precisão da Profecia
Diante do que foi apresentado nos estudos anteriores, o leitor já está apto a averiguar a precisão dos cômputos proféticos de Daniel 8 e 9. Caso o leitor ainda não tenha estudado o conteúdo daquelas lições, seria interessante que o fizesse antes de prosseguir na investigação do presente estudo, dando especial atenção ao tema do calendário judaico.
Os 2 itens subsequentes tratarão especificamente do início e do fim das 2.300 tardes e manhãs. Os itens 3 e 4 abordarão a questão referente ao meio da septuagésima semana. Através deste estudo, o leitor verá a maravilhosa consistência do esquema profético de Daniel e dará um passo significativo para a comprovação das datas indicadas pela profecia.

1 - O Início e o Fim das 2.300 Tardes e Manhãs (Cálculo do Dia do Mês).


No gráfico acima, estão representadas as 2.300 tardes e manhãs. Haveria um dia exato para o início e para o término desse período profético?
Resposta: Sim. Daniel 8:14 declara: “Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs, e o santuário será purificado.”. Ou seja, ao término das 2.300 tardes e manhãs deveria ocorrer um evento de purificação do Santuário. No cerimonial típico do Antigo Testamento, isso acontecia no décimo dia do sétimo mês, quando o sumo sacerdote israelita entrava no Lugar Santíssimo do Santuário para purificá-lo de todos os pecados dos filhos de Israel (Levítico 16:29; 23:27 e 32; 25:9; e Números 29:7). Esse evento era conhecido como o Dia da Expiação, o Yom Kippur.

Apêndice aos Estudos 3, 4 e 5

1 - Qual é o significado dos termos relacionados abaixo?
Órbita: É a trajetória que um astro descreve em torno de outro. Para a Terra e os planetas, considera-se a órbita em torno do Sol.
Elíptica: Termo relativo à elipse. A Terra e os demais planetas do sistema solar não descrevem uma órbita circular em torno do Sol. Sua órbita é elíptica.
Na figura abaixo, A e A’ representam os 2 pontos da elipse de maior distância entre si; B é o ponto da elipse mais próximo de seu centro (O); F1 e F2 identificam 2 pontos fixos, denominados “focos”; e P indica um ponto qualquer.

Em uma elipse, a soma das distâncias de um ponto qualquer aos focos (r1 + r2) será sempre igual a 2a, sendo “a” o semi-eixo maior da elipse: r1 + r2 = 2a.
Define-se “distância focal” (f) como sendo a distância entre o centro da elipse (O) e um de seus focos.

Estudo 5 - Noções de Calendário - 2.ª Parte

Introdução
Após um cuidadoso exame dos principais sistemas de calendário produzidos pelas mais importantes civilizações do mundo antigo, será de inestimável valor também uma investigação acerca dos métodos utilizados por esses mesmos povos para datar os acontecimentos em termos de anos.

Datação Por Fatos Memoráveis
Os povos mais antigos desconheciam a contagem do tempo por eras, como é feito atualmente com muita naturalidade. A prática adotada pelos sumérios e babilônicos era o de batizar cada ano com um nome, com base no mais notável evento do ano anterior. Dessa maneira, o sétimo ano de Hamurábi, por exemplo, foi chamado de “o ano em que Uruk e Isin foram tomadas”. Os vários escritórios da época mantinham listas completas dos nomes dos anos, as quais cobriam um longo período de tempo.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Um Ateu Garante, Deus Existe, Antony Flew - Ebooks

Considerado o principal filósofo dos últimos cem anos, Antony Flew passou mais de cinqüenta defendendo o ateísmo. No entanto, ao continuar investigando o tema, ele reviu seus conceitos. Em Deus existe, Flew trata de suas origens e crenças iniciais e de como e por que passou a acreditar em um Deus. E, mesmo baseado em evidências científicas, ele o faz de modo que é impossível não refletirmos a respeito de nossos próprios conceitos.

Em Defesa de Cristo, Lee Strobel - Ebooks

Jornalista experiente, pós-graduado em direito pela universidade Yale, Strobel faz as perguntas difíceis que você gostaria de fazer - perguntas que podem construir ou anular a fé cristã. Ele rejeita respostas forjadas ou simplistas. Em vez disso, apresenta o testemunho de dezenas de especialistas dentre os mais conceituados do mundo. Strobel analisa as seguintes evidências da existência de Cristo:

Históricas: Temos documentos confiáveis sobre a vida, os ensinos e a ressurreição de Jesus?
Científicas: Existe fundamentação arqueológica para os relatos históricos sobre Jesus? Ele operou milagres?
Psiquiátricas: Jesus realmente afirmou ser Deus? Qual a prova de que ele se enquadra no perfil de Deus?
Digitais: O que a profecia bíblica tem a dizer a respeito de Jesus?
E outras: A morte de Jesus, o corpo não encontrado, os relatos de testemunhas oculares sobre encontros com ele. 

Não tenho fé suficiente para ser ateu, Norman Geisler & Frank Turek - Ebooks

Ideias com o objetivo de destruir a fé cristã sempre bombardeiam os alunos do ensino médio e das universidades. Este livro serve como um antídoto excepcionalmente bom para refutar tais premissas falsas. Ele traz informações consistentes para combater os ataques violentos das ideologias seculares que afirmam que a ciência, a filosofia e os estudos bíblicos são inimigos da fé cristã. Antes de tocar a questão da verdade do cristianismo, essa obra aborda a questão da própria verdade, provando a existência da verdade absoluta. Os autores desmontam as afirmações do relativismo moral e da pós-modernidade, resultando em uma valiosa contribuição aos escritos contemporâneos da apologética cristã. Geisler e Turek prepararam uma grande matriz de perguntas difíceis e responderam a todas com habilidade. Uma defesa lógica, racional e intelectual da fé cristã.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Estudo 4 - Noções de Calendário - 1.ª Parte

Introdução
O primeiro passo para se verificar a exatidão da profecia das 70 semanas já foi dado no estudo anterior, no qual foram expostos os conceitos e os princípios fundamentais de uma das mais antigas áreas de estudo da humanidade, a Astronomia. Na ausência dessas informações, a compreensão de certos aspectos dos principais sistemas de calendário, tão relevante nesta série de estudos, ficaria relativamente comprometida. No presente estudo, o leitor desenvolverá seu raciocínio a partir das noções já adquiridas de Astronomia, ao conhecer alguns dos mais importantes calendários produzidos pela Antigüidade.

O que é um Calendário?
Calendário é todo sistema de cômputo de um intervalo de tempo relativamente longo, cujos fundamentos são astronômicos (daí a necessidade do estudo anterior) e cujas divisões (estações, meses, semanas, dias, horas e suas subdivisões) procuram atender às necessidades da vida civil e religiosa. Pode ser definido também como o conjunto de regras usadas com a finalidade de agrupar os dias em diversos períodos que possibilitem um fácil cômputo do tempo.
Cada conjunto de diferentes regras dá origem a um calendário diferente. Vale ressaltar que qualquer calendário que siga as regras preestabelecidas é correto, sendo impróprio, portanto, dizer que um calendário é melhor que outro. Alguns calendários, no entanto, se aproximam mais de um ideal definido na sua concepção do que outros. Por exemplo, o melhor calendário solar é aquele cuja estrutura é tal que sua duração média mais se aproxime do valor 365,242190 dias, que é a duração do ano solar.

Estudo 3 - A Astronomia e o Plano de Salvação

A Importância do Estudo da Astronomia
Uma análise séria e competente da profecia das 70 semanas depende, em larga medida, do conhecimento de conceitos e princípios oriundos da Astronomia, pois as datas indicadas para os grandes acontecimentos relacionados ao plano de salvação só podem ser comprovadas mediante o exame de documentos antiqüíssimos cujas informações estão diretamente ancoradas no posicionamento dos astros.
O papel de destaque ocupado pela Astronomia é referido pelas Escrituras em termos inconfundíveis. Segundo o relato inspirado, o propósito pelo qual foram criados o Sol, a Lua e as estrelas é “para fazerem separação entre o dia e a noite” e para servirem “para sinais, para estações, para dias e anos” (Gênesis 1:14). Em outras palavras, pela própria vontade de Deus, os corpos celestes deveriam orientar a contagem do tempo entre os homens. Visto que o estudo das 70 semanas é, acima de tudo, de natureza cronológica, torna-se imprescindível o uso da Astronomia como recurso pelo qual as datas propostas podem ser comprovadas. Isso se tornará mais claro nos próximos estudos desta série.

Apêndice ao Estudo 2

1 - Qual o real significado da expressão “tardes e manhãs”?
 Muitos expositores das Escrituras têm vinculado, erroneamente, a expressão “tardes e manhãs” ao sacrifício diário, oferecido no Templo de Jerusalém, toda manhã e toda tarde. Por esse raciocínio, a referência em Daniel 8:14 seria a 2.300 sacrifícios da manhã e da tarde. Destarte, defendem que o período abrangido por essa quantidade de holocaustos seja de 1.150 dias. Encontram uma suposta sustentação para isso nas passagens que mencionam um ataque ao costumado sacrifício. Ver Daniel 8:11-13; 11:31; e 12:11.

As seguintes considerações demonstram a inconsistência dessa conclusão:
1) O hebraico diz literalmente “tarde-manhã, dois mil e trezentos”. As palavras emparelhadas “tarde-manhã” (heb.:  -'ereb boqernão são separadas por uma conjunção, constituindo uma unidade de expressão.
Em 1 Reis 11:3, aparece um caso semelhante, em que se diz que Salomão “tinha setecentas mulheres, princesas” (no original, “mulheres-princesas, setecentas”). Isso não deve ser entendido como “trezentas e cinqüenta mulheres e trezentas e cinqüenta princesas”; e por idêntica razão, as 2.300 tardes e manhãs não podem ser divididas em 1.150 tardes e 1.150 manhãs.
2) Se Daniel realmente quisesse indicar que o verdadeiro sentido da expressão era o de 1.150 tardes e 1.150 manhãs, ele o teria feito segundo o estilo hebraico. Quando um escritor bíblico queria distinguir entre dia e noite, seu método era o seguinte: “quarenta dias e quarenta noites” (Gênesis 7:4 e 12; Êxodo 24:18; 34:28; Deuteronômio 9:9, 11, 18 e 25; 10:10; e 1 Reis 19:8); “sete dias e sete noites” (Jó 2:13); ou “três dias e três noites” (1 Samuel 30:12 e Jonas 1:17). Em nenhum caso, no Antigo Testamento, isso é expresso sem a repetição do valor a que se faz referência, o que reforça o pensamento de que, em Daniel 8:14, a menção é a 2.300 dias e não a 1.150 holocaustos da manhã e da tarde.

Estudo 2 - Uma Visão Panorâmica de Daniel 9

As Escrituras revelam que os antigos profetas não somente se preocuparam em anunciar eventos futuros, como também em indicar o tempo de seu cumprimento. Os 120 anos de graça destinados ao mundo antediluviano (Gênesis 6:3), os 7 dias que precederiam o início da chuva, a qual deveria cair por 40 dias ininterruptos (Gênesis 7:4), os 400 anos de peregrinação da descendência de Abraão (Gênesis 15:13 e Atos 7:6), os 3 dias para o copeiro e para o padeiro de Faraó (Gênesis 40:12, 13, 18 e 19), os 7 anos de fartura e os outros 7 de fome sobre a terra do Egito (Gênesis 41:26, 27, 29 e 30), os 40 anos de jornada no deserto (Números 14:33 e 34), os 3 anos e meio de seca no reinado de Acabe (1 Reis 17:1 e Lucas 4:25), o cativeiro de 70 anos (Jeremias 25:11 e 12; 29:10 e Daniel 9:2) e os 7 tempos de loucura de Nabucodonosor (Daniel 4:16, 23, 25 e 32) foram períodos que delimitaram a realização dos acontecimentos preditos.
Não poderiam os profetas ter antecipado também a época do advento do Redentor? A lógica sugere que sim, o que é confirmado pelo apóstolo Pedro, segundo o qual “os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada” “inquiriram e trataram diligentemente” da salvação, “indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir.” 1 Pedro 1:10 e 11.
Os dados cronológicos concernentes à primeira vinda de Cristo podem ser encontrados em Daniel 9, em que já estavam preditos, com inigualável precisão, os anos exatos do início e do fim do ministério do Salvador. Contudo, visto que Daniel 9 constitui um complemento ao capítulo 8, imperioso se torna o estudo concatenado de ambos.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Estudo 1 - A Profecia, Base da Mensagem Cristã

Jesus, os Apóstolos e as Profecias

As profecias bíblicas exercem um papel preeminente na mensagem cristã. Os primeiros discípulos delas se serviram para proclamar ao mundo que Jesus era “o Cristo, o Filho do Deus vivo” Mateus 16:16. O apóstolo Pedro, por exemplo, afirmou que, pela ignorância das autoridades judaicas, ao conduzirem Jesus à morte, “Deus assim cumpriu o que dantes anunciara por boca de todos os profetas que o Seu Cristo havia de padecer.” “E todos os profetas, a começar com Samuel, assim como todos quantos depois falaram, também anunciaram estes dias.”Atos 3:18 e 24. Paulo, o “apóstolo dos gentios”, pregando numa sinagoga de Antioquia, também fez menção das profecias messiânicas para anunciar Jesus, declarando que “os que habitavam em Jerusalém e as suas autoridades, não conhecendo Jesus nem os ensinos dos profetas que se lêem todos os sábados, quando O condenaram, cumpriram as profecias... Depois de cumprirem tudo o que a respeito dEle estava escrito... puseram-nO em um túmulo. Mas Deus O ressuscitou dentre os mortos.”Atos 13:26-31. Outro exemplo do uso das profecias como prova convincente da messianidade de Jesus se observa em “Apolo, homem eloqüente e poderoso nas Escrituras... porque, com grande poder, convencia publicamente os judeus, provando, por meio das Escrituras, que o Cristo é Jesus.” Atos 18:24 e 28. Assim, torna-se evidente que as profecias referentes ao Salvador ocupavam uma posição de grande destaque nas primitivas pregações cristãs. Ver também Atos 10:43; 17:2, 3 e 11; 26:22 e 23; e 28:23.
O próprio Jesus lançou mão das profecias para revelar mais claramente a natureza de Seu ministério. Falando aos desalentados discípulos no caminho de Emaús, disse o Mestre galileu: “Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na Sua glória? E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a Seu respeito constava em todas as Escrituras.” Lucas 24:25-27. Mais tarde, estando com aqueles que durante 3 anos e meio não conseguiram discernir a verdadeira essência de Sua missão, disse Jesus: “São estas as palavras que Eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de Mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.” Diz o relato inspirado que “então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em Seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém.” Lucas 24:44-47.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

As 70 Semanas de Daniel 9:24-27

Setenta semanas estão 1determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer 2cessar a transgressão, para 3dar fim aos pecados, para 4expiar a iniqüidade, para 5trazer a justiça eterna, para 6selar a visão e a profecia e para 7ungir o Santo dos Santos. Daniel 9:24


1 - determinadas: esta palavra é uma tradução do hebraico chathak, que se baseia em um radical que Strong define como significando "cortar" e quer dizer figuradamente decretar, determinar. Porque então os tradutores traduziram esta palavra por "determinadas" quando obviamente significa "cortadas"? A resposta é que passaram por alto a relação que há entre Daniel 8 e 9 e, considerando impróprio traduzir por cortadas, pois não viam nada de que poderiam cortar-se as setenta semanas, deram à palavra seu sentido figurado ao invés do literal. 

Objetivo das 70 Semanas

2 - cessar a transgressão: chegar ao limite da iniquidade. Cessar vem de kala' e significa restringir, limitar, reter, calar, impedir, refrear, proibir. Transgressão vem de pesha e significa rebelião, pecado ou transgressão. O povo judeu alcançaria, até o fim das 70 semanas seu limite da transgressão, ou seja, encheria a taça de sua iniquidade, o que fizeram na rejeição e crucifixão de Cristo.

3 - dar fim aos pecados: o vocábulo hebraico chattah, que se traduz "pecado" neste verso, denota o pecado ou a oferta pelo pecado. Em Levitico 4:3 há um exemplo do emprego da mesma palavra em ambos sentidos no mesmo versículo: "oferecerá pelo seu pecado um novilho ... como oferta pelo pecado". Usa-se a mesma palavra hebraica para ambas as expressões "pecado" e "oferta pelo pecado". Tal uso é comum em todo o Levitico, inclusive no capítulo 16 e outras partes do Antigo Testamento. É claro, pois, que se pode usá-la em Daniel 9:24 como "ofertas pelo pecado", porque certamente concluíram as ofertas pelo pecado quando o grande sacrifício na cruz foi oferecido. 

4 - expiar a iniquidade: expiar vem do hebraico kâphar e significa "fazer reconciliação", logo este texto significa "fazer reconciliação pela iniquidade". Em 2Co 5:18 e Cl 1:22 esta escrito que Deus reconciliou consigo o homem pela morte de Cristo. 

5 - trazer a justiça eterna: manifestada por Cristo em Sua vida sem pecado. 

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