sexta-feira, 14 de julho de 2017

Nós vamos à igreja, ouvimos sermões… e como saímos de lá?

Semana após semana vamos à Igreja, ouvimos sermões… e como saímos de lá? É comum ouvir as pessoas orarem no início do culto pedindo a Deus “que saiamos daqui melhor do que chegamos”. Será que esse pedido se torna realidade?

Uma das formas que temos de encontrar resposta para essa pergunta é avaliando o teor de nossos pensamentos e conversas ao final do culto. Infelizmente, no pátio da Igreja, ao final do culto, ouvimos de tudo (futebol, moda, trabalho, política, etc.), mas pouco ouvimos de Jesus e de como a mensagem do dia transformou algo em nossas vidas. O mesmo acontece no caminho para casa, quando não raramente o que se fala acerca do culto está muito mais relacionado às pessoas que à mensagem.”Você viu a roupa do pregador?”, “Nossa, fulana cantou tão bem!”, “Fulano é sempre extremista”, e muitas outras falas são comuns a esse momento pós culto!

Infelizmente isso é reflexo de uma adoração deficiente e de rituais vazios. Pessoas entram e saem da Igreja e parecem não ter tido um encontro com Deus. Moisés se encontrava com Deus e o povo sequer podia olhar sua face, pois resplandecia. Nós vamos à igreja toda semana, mas nossos vizinhos não percebem diferença nenhuma em nós, as pessoas passam por nós na rua, e não fazem a menor ideia de que acabamos de sair da Casa de Deus. Isso me faz entender que há algo muito errado acontecendo!

Um episódio como esse aconteceu a cerca de 2000 anos atrás. Você conhece essa história, mas talvez nunca a tenha analisado por esse ângulo.
“E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o soube José, nem sua mãe.” (Lucas 2:43)
Você já parou para pensar na razão pela qual José e Maria esqueceram-se de Jesus? Já parou para pesquisar por que Jesus não seguiu viagem com seus pais?

O Espírito de Profecia nos explica muito bem o que aconteceu:
“Ao ser-Lhe Sua missão revelada no templo, Jesus Se esquivou ao contato da multidão. Desejava voltar de Jerusalém quietamente, com os que sabiam o segredo de Sua existência. Mediante a cerimônia pascoal, Deus estava procurando desviar Seu povo dos cuidados terrenos que tinham, e fazê-lo lembrar a maravilhosa obra que fizera em sua libertação do Egito. Desejava que vissem nessa obra uma promessa de libertação do pecado. Como o sangue do cordeiro morto protegera os lares de Israel, assim lhes salvaria a alma o sangue de Cristo; mas eles só se podiam salvar por meio de Cristo, apoderando-se, pela fé, de Sua vida, como sendo deles mesmos. Só havia virtude no simbólico cerimonial, ao serem os adoradores por ele dirigidos a Cristo como seu Salvador pessoal. Deus desejava que fossem levados a estudar a missão de Cristo, e sobre ela meditar com oração. Ao partirem de Jerusalém, as multidões, no entanto, o despertar da viagem e a comunicação social absorviam frequentemente a atenção deles, e era esquecido o cerimonial que acabavam de testemunhar. O Salvador não foi atraído para a companhia deles.” (O Desejado de Todas as Nações, p. 82)
Observe bem essa parte final: “Ao partirem de Jerusalém, as multidões, no entanto, o despertar da viagem e a comunicação social absorviam frequentemente a atenção deles, e era esquecido o cerimonial que acabavam de testemunhar.” As pessoas deveriam sair da Festa da Páscoa com o coração cheio de amor e gratidão por Aquele que haveria de morrer pelos seus pecados. Contudo, voltavam para seus lares alheios, sequer pensando em todo o simbolismo envolvido na festa.
“Se José e Maria houvessem firmado a mente em Deus, mediante meditação e oração, teriam avaliado a santidade do depósito que lhes era confiado, e não teriam perdido de vista a Jesus. Pela negligência de um dia perderam o Salvador; custou-lhes, porém, três dias de ansiosas buscas o tornar a encontrá-Lo. O mesmo quanto a nós; por conversas ociosas, por maledicência ou negligência da oração, podemos perder num dia a presença do Salvador, e talvez leve muitos dias de dolorosa busca o tornar a achá-Lo, e reconquistar a paz que perdemos.” (O Desejado de Todas as Nações, p. 83)
Será que temos feito como José e Maria? Será que temos perdido Jesus de vista? Essa me parece ser a razão pela qual saímos dos cultos sem sermos transformados. Essa me parece ser a razão pela qual ouvimos sermão após sermão, e não atendemos verdadeiramente aos apelos de Deus!
“Em nossas relações uns com os outros, devemos estar atentos para não perder a Jesus, continuando o caminho sem nos advertir de que Ele não Se acha conosco. Quando nos absorvemos em coisas mundanas, de maneira que não temos um pensamento para Aquele em quem se concentra nossa esperança de vida eterna, separamo-nos de Jesus e dos anjos celestiais. Esses santos seres não podem permanecer onde a presença do Salvador não é desejada, e Sua ausência não é sentida. Eis porque tantas vezes se faz sentir o desânimo entre os professos seguidores de Cristo. Muitos assistem a cultos e são refrigerados e confortados pela Palavra de Deus; mas, devido à negligência da meditação, vigilância e orações, perdem a bênção, sentindo-se mais vazios do que antes de a receberem. Sentem frequentemente que Deus os tem tratado duramente. Não vêem que a falta está com eles mesmos. Separando-se de Jesus, afugentaram a luz da Sua presença.” (O Desejado de Todas as Nações, p. 83)
Queridos! O meu sincero desejo é que nossa vida seja transformada pela contemplação de Cristo. Que possamos manter nosso olhar fixo em Jesus, pois é Ele quem nos transforma, é Ele quem dá sentido à adoração!


Karyne M. Lira Correia (via Mulher Adventista)

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