Sábado (20 de Junho)
Esmagados
pelo desapontamento, angústia
e desespero, os discípulos
se reuniram no cenáculo
e fecharam as portas, temendo que o destino de seu bem-amado Mestre pudesse ser
o deles também.
Foi nesse recinto que o Salvador, depois de Sua ressurreição, lhes apareceu.
Por
quarenta dias permaneceu Cristo na Terra, preparando os discípulos para a obra que deviam
fazer, e explanando o que até
então eles tinham sido
incapazes de compreender. Falou-lhes das profecias concernentes a Seu advento, Sua
rejeição pelos judeus e Sua
morte, mostrando que cada especificação
dessas profecias tinha sido cumprida. Falou-lhes também que deviam considerar o
cumprimento dessas profecias como garantia do poder que haveria de assisti-los
nos seus futuros labores. “Então abriu-lhes o entendimento para
compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o
Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dos mortos; e em Seu nome se
pregasse o arrependimento e a remissão
dos pecados, em todas as nações,
começando por Jerusalém.” E Ele acrescentou: ‘E
destas coisas vocês
são testemunhas” (Lc 24:45-48).
Durante
esses dias que Cristo passou com os discípulos,
eles adquiriram nova experiência.
Ao ouvirem o querido Mestre explicar-lhes as Escrituras à luz de tudo quanto acontecera,
sua fé foi inteiramente
firmada nEle. Chegaram ao ponto em que podiam declarar: “Eu sei em quem tenho crido” (2Tm 1:12). Começaram
a compreender a natureza e extensão
de sua obra e a reconhecer que deviam proclamar ao mundo as verdades a eles
confiadas. Os acontecimentos da vida de Cristo, Sua morte e ressurreição, as profecias que apontavam
para esses acontecimentos, os mistérios
do plano da salvação,
o poder de Jesus para remissão
de pecados –
de todas essas coisas eles haviam sido testemunhas e deviam torná-las conhecidas ao mundo. Deviam
proclamar o evangelho de paz e salvação
mediante o arrependimento e o poder do Salvador (Atos dos Apóstolos, p. 26, 27).
Com provas tiradas da profecia, Cristo deu aos
discípulos uma ideia correta do
que Ele devia ser na humanidade. A expectativa deles, de um Messias que devia
tomar Seu trono e o régio poder segundo os
desejos dos homens, os havia desorientado. Isso interferia com a devida apreensão de Sua descida da mais elevada à mais baixa posição que se podia ocupar. Cristo desejava que as
ideias de Seus discípulos fossem puras e
verdadeiras em todos os sentidos. Deviam compreender, tanto quanto possível, o que se relacionava com o cálice de sofrimento que Ele devia beber.
Mostrou-lhes que o tremendo conflito que ainda não podiam compreender, era o cumprimento do
concerto feito antes de serem postos os fundamentos do mundo. Cristo devia
morrer, como deve morrer todo transgressor da lei, se continuar em pecado. Tudo
isso devia ocorrer, mas não devia terminar em
derrota, e sim numa gloriosa e eterna vitória. Jesus lhes disse que cumpria fazer todo esforço para salvar o mundo do pecado. Seus seguidores
deviam viver como Ele viveu, e trabalhar como Ele trabalhou, com intenso e perseverante
esforço (O Desejado de Todas as Nações, p. 799).
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