Em 1914, uma expedição conduzida por Sir Ernest Shackleton saiu da Inglaterra para atravessar o continente da Antártida no navio Endurance. Placas de gelo se fecharam em volta do navio e o partiram em dois. Por cinco meses os membros da expedição vagaram sobre grandes banquisas de gelo. Então, com a ajuda de pequenos barcos eles foram salvos do Endurance e levados até a ilha Elefante.
Mas a terra habitada mais próxima ficava a 1.290 quilômetros, na ilha Geórgia do Sul. Shackleton, com apenas cinco de seus homens, encarou ondas gigantescas em seu pequeno baleeiro, e chegou então a Geórgia do Sul. Logo foi organizada uma tentativa de resgate dos homens que ficaram na ilha Elefante. A primeira tentativa falhou. As massas de gelo flutuantes se fecharam e o barco de resgate teve de voltar. Uma segunda tentativa foi organizada e falhou. Uma terceira tentativa foi feita, e mais uma vez, o gelo saiu vitorioso.
Só depois de quatro tentativas de resgate Shackleton encontrou um caminho para voltar à ilha Elefante. Enquanto se aproximava daquele deserto de gelo e neve, ficou imaginando o que encontraria. Estaria alguém ainda vivo depois de meses de espera? Poderia ser que alguns dos sobreviventes tivessem enlouquecido com o silêncio e a espera?
Shackleton encontrou todos os homens vivos, em boas condições e com boa disposição. Como sobreviveram? O segredo estava na liderança do homem que ele havia deixado como encarregado. Todo dia ele dizia a seus homens: “Preparem-se, rapazes, o capitão pode voltar hoje.”
E todos os dias eles se aprontavam. Todos os dias eles se preparavam. Todos os dias eles vigiavam. Todos os dias eles aguardavam. E apesar do longo silêncio, apesar dos grandes problemas, um dia, Shackleton voltou.
Precisamos vigiar e orar todos os dias. E um dia, em breve, Jesus vai voltar para nos resgatar. Seu conselho para nós é:
“Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá.” (Mateus 24:44)
Nenhum comentário:
Postar um comentário