Com alegre entusiasmo, estenderam os discípulos suas vestes sobre o animal e sobre ele sentaram
o Mestre. Até então Jesus sempre
viajara a pé, e a princípio os discípulos se admiraram de que agora
preferisse montar. Mas a esperança lhes raiou no coração ao jubiloso pensamento de que Ele estava para entrar
na capital, proclamar-Se Rei, e firmar Seu poder real. Ao irem cumprir as
ordens recebidas, comunicaram sua alegre esperança aos amigos
de Jesus, e a agitação espalhou-se por toda parte,
fazendo com que subisse de ponto a expectação do povo. [...]
Logo que Ele Se sentou no jumentinho, um grande grito
de triunfo atroou nos ares. A multidão aclamou-O como o Messias, seu
Rei. Jesus aceitou agora a homenagem que nunca dantes havia permitido, e os
discípulos consideraram isso como prova de que suas alegres
esperanças se realizariam, vendo-O estabelecido no trono. O
povo ficou convencido de aproximar-se a hora de sua emancipação. Em pensamento viram os exércitos romanos expulsos de Jerusalém, e Israel mais uma vez nação independente. Todos estavam contentes e despertos;
disputavam entre si o render-Lhe honras. Não podiam exibir pompas e
esplendores, mas prestaram-Lhe o culto de corações felizes. Não lhes era possível presenteá-Lo com dádivas custosas, mas estendiam as
vestes exteriores à guisa de tapete em Seu caminho, e
também espalharam ramos de oliveira e palmas por onde devia
passar. Não podiam abrir o cortejo triunfal com bandeiras reais,
mas cortavam ramos de palmeira, os emblemas de vitória da natureza, e os agitavam no ar com altas aclamações e hosanas (O
Desejado de Todas as Nações, p. 570).
As lágrimas que
Cristo derramou no Monte das Oliveiras, ao contemplar a cidade escolhida, não eram somente por Jerusalém. No destino de Jerusalém, viu a
destruição do mundo. [...]
O dia está-se aproximando do fim. O período de graça e privilégio está prestes a findar. As nuvens da
vingança estão-se acumulando. Os que rejeitaram
a graça de Deus estão quase sendo tragados pela ruína rápida e inevitável.
Contudo o mundo dorme. O povo não conhece o tempo de sua visitação.
Nesta crise, onde se acha a igreja? Satisfazem seus
membros os reclamos de Deus? Estão cumprindo Sua incumbência, e representam Seu caráter perante o mundo? Dirigem a atenção de seus semelhantes para a última misericordiosa mensagem de advertência?
Os homens estão em perigo. Multidões perecem. Mas quão poucos dos
professos seguidores de Cristo sentem responsabilidade por essas pessoas! O
destino de um mundo pende na balança; mas isso mal comove mesmo
aqueles que dizem crer na verdade mais abarcante já dada aos mortais. Há uma carência daquele amor que induziu Cristo a deixar Seu lar
celeste e assumir a natureza humana, para que a humanidade tocasse a
humanidade, e a atraísse à divindade. Há um estupor, uma paralisia sobre o povo de Deus, que o
impede de compreender o dever do momento (Parábolas de Jesus, p. 302, 303).
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