domingo, 6 de novembro de 2011

Desvendando Daniel 9: súplica e entendimento

Ao terminar a visão de Daniel 8, o profeta estava deprimido e angustiado; abalado com aquilo que lhe fora revelado e completamente desorientado. Treze anos se passaram e parte da interpretação do sonho de Nabucodonosor estava se cumprindo diante de seus olhos. Babilônia fora finalmente derrotada. O império medo-persa já estava governando o mundo. 

Daniel foi apontado como conselheiro dos presidentes, sentenciado a passar uma noite na cova dos leões e salvo pela poderosa mão de Deus. Naquele mesmo ano, o anjo Gabriel veio até ele com a explicação da visão que o deixara tão perplexo. 

Daniel 9:1: "No primeiro ano de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus," 

Daniel 9:2: "no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o número de anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, que haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos." 

Os medo-persas derrotaram Babilônia em 539 a.C. Daniel era prisioneiro desde 605 a.C, quando tinha 17 anos. Então, no tempo do capítulo 9, Daniel deveria ter 83 ou 84 anos de idade. 

Nem o dom de profecia fez com que Daniel negligenciasse o estudo das Escrituras. Como primeiro-ministro da mais preeminente nação da Terra, ele nunca estava ocupado demais para deixar de passar tempo com a Palavra de Deus. 


Na adolescência, Daniel tinha ouvido Jeremias pregar e sabia que esse profeta era inspirado por Deus. As promessas de Deus, por meio de Jeremias, eram muito importantes para ele. A firme crença de Daniel era de que o Senhor cumpriria a promessa para o Seu povo, quando disse: “Assim diz o Senhor: Logo que se cumprirem para a Babilônia setenta anos, atentarei para vós outros e cumprirei para convosco a Minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar” (Jeremias 29:10). 

Daniel já estava no cativeiro por quase setenta anos e, de acordo com os escritos de Jeremias, esse cativeiro devia estar chegando ao fim. Mas Daniel estava confuso por causa de uma discrepância entre sua visão e os escritos de Jeremias. Em sua visão, ele tinha visto um longo período de 2.300 anos antes de o santuário ser purificado. Isso é o que lhe tirava o sono enquanto cuidava dos negócios do rei. Esse assunto sempre estava presente em suas orações. 

Daniel 9:3: "Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza." 

Daniel 9:4: "Orei ao Senhor, meu Deus, confessei e disse: ah! Senhor! Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que Te amam e guardam os Teus mandamentos;" 

Daniel reconhecia a majestade de Deus. Os exemplos mostram que os homens mais próximos de Deus, de todos os tempos, foram os que demonstraram maior respeito ao mencionarem o Seu nome sagrado. 

Daniel 9:5: "temos pecado e cometido iniqüidades, procedemos perversamente e fomos rebeldes, apartando-nos dos Teus mandamentos e dos Teus juízos;" 

Daniel 9:6: "e não demos ouvidos aos Teus servos, os profetas, que em Teu nome falaram aos nossos reis, nossos príncipes e nossos pais, como também a todo o povo da terra." 

Daniel não culpou os perversos reis de Israel, ou o povo idólatra. Ele disse “pecamos”. Quis identificar-se com o povo, a quem amava profundamente. Ele compartilhava as conseqüências da idolatria, mesmo sem ter participado dela. Era como Moisés, que não somente estava disposto a interceder pelo seu povo – a despeito da maneira como eles o haviam tratado –, mas também estava pronto a morrer com eles. “Tornou Moisés ao Senhor e disse: Ora, o povo cometeu grandes pecados, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-Te, do livro que escreveste” (Êxodo 32:31, 32). 

Daniel entendeu a importância da confissão como uma parte da oração. “Se eu atender à iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá” (Salmo 66:18). 

Daniel 9:7: "A ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós, o corar de vergonha, como hoje se vê; aos homens de Judá, os moradores de Jerusalém, todo o Israel, quer os de perto, quer os de longe, em todas as terras por onde os tens lançado, por causa das suas transgressões que cometeram contra Ti."

Daniel 9:8: "Ó Senhor, a nós pertence o corar de vergonha, aos nossos reis, aos nossos príncipes e aos nossos pais, porque temos pecado contra Ti." 

Daniel 9:9: "Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericórdia e o perdão, pois nos temos rebelado contra Ele" 

Daniel 9:10: "e não obedecemos à voz do Senhor, nosso Deus, para andarmos nas Suas leis, que nos deu por intermédio de Seus servos, os profetas." 

Daniel 9:11: "Sim, todo o Israel transgrediu a Tua lei, desviando-se, para não obedecer à Tua voz; por isso, a maldição e as imprecações que estão escritas na Lei de Moisés, servo de Deus, se derramaram sobre nós, porque temos pecado contra Ti." 

Daniel 9:12: "Ele confirmou a Sua palavra, que falou contra nós e contra os nossos juízes que nos julgavam, e fez vir sobre nós grande mal, porquanto nunca, debaixo de todo o céu, aconteceu o que se deu em Jerusalém." 

Daniel 9:13: "Como está escrito na Lei de Moisés, todo este mal nos sobreveio; apesar disso, não temos implorado o favor do Senhor, nosso Deus, para nos convertermos das nossas iniqüidades e nos aplicarmos à Tua verdade." 

Daniel 9:14: "Por isso, o Senhor cuidou em trazer sobre nós o mal e o fez vir sobre nós; pois justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as Suas obras que faz, pois não obedecemos à Sua voz."

A lei da causa e efeito - Quando qualquer pessoa, qualquer família, qualquer nação, consciente e voluntariamente deixa os caminhos do Senhor, perde as bênçãos e a proteção divina. Em conseqüência, a vida se enche de problemas, sofrimentos e destruição, que não existiriam caso não tivessem escolhido ignorar as determinações de Deus. Assim, é a rebeldia humana que retém a mão de Deus e dá ao diabo permissão para nos causar problemas e sofrimentos que, em outra situação, ele não poderia infligir. 

Algumas vezes Deus nos ensina por meio do sofrimento o que não aprenderíamos em momentos de alegria. Alguém já disse que só olhamos para cima quando estamos lá embaixo. É muito melhor aprender na alegria do que na dor.

Daniel 9:15: "Na verdade, ó Senhor, nosso Deus, que tiraste o Teu povo da terra do Egito com mão poderosa, e a Ti mesmo adquiriste renome, como hoje se vê, temos pecado e procedido perversamente." 

Daniel 9:16: "Ó Senhor, segundo todas as Tuas justiças, aparte-se a Tua ira e o Teu furor da Tua cidade de Jerusalém, do Teu santo monte, porquanto, por causa dos nossos pecados e por causa das iniqüidades de nossos pais, se tornaram Jerusalém e o Teu povo opróbrio para todos os que estão em redor de nós." 

Daniel 9:17: "Agora, pois, ó Deus nosso, ouve a oração do Teu servo e as suas súplicas e sobre o Teu santuário assolado faze resplandecer o rosto, por amor do Senhor." 

Daniel 9:18: "Inclina, ó Deus meu, os ouvidos e ouve; abre os olhos e olha para a nossa desolação e para a cidade que é chamada pelo Teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a Tua face fiados em nossas justiças, mas em Tuas muitas misericórdias." 

Daniel 9:19: "Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não Te retardes, por amor de Ti mesmo, ó Deus meu; porque a Tua cidade e o Teu povo são chamados pelo Teu nome." 

Daniel 9:20: "Falava eu ainda, e orava, e confessava o meu pecado e o pecado do meu povo de Israel, e lançava a minha súplica perante a face do Senhor, meu Deus, pelo monte santo do meu Deus." 

Daniel 9:21: "Falava eu, digo, falava ainda na oração, quando o homem Gabriel, que eu tinha observado na minha visão ao princípio, veio rapidamente, voando, e me tocou à hora do sacrifício da tarde." 

Indiscutivelmente, Daniel está se referindo à visão do capítulo anterior. As duas únicas visões anteriores foram a interpretação do sonho de Nabucodonosor e a visão de Daniel 7. Mas não há menção ao anjo Gabriel em nenhuma dessas visões. 

Daniel 9:22: "Ele queria instruir-me, falou comigo e disse: Daniel, agora, saí para fazer-te entender o sentido." 

O anjo estava prestes a explicar sobre o tempo da purificação do santuário, no fim do capítulo 8, quando aconteceu algo com Daniel (Dn 8:27). Daniel desmaiou e adoeceu. Por amor a nós, muitas vezes Deus aguarda que tenhamos suficiente condição e entendimento para receber Suas respostas e revelações. O anjo já havia explicado para Daniel a parte do significado da visão que ele era capaz de compreender. Agora, ele volta para complementar sua explicação, esclarecendo o assunto que estava causando tanta preocupação a Daniel. 

Daniel 9:23: "No princípio das tuas súplicas saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; considera, pois, a coisa e entende a visão." 

Gabriel veio ajudar Daniel a entender qual era “o sentido”. A que sentido, ou assunto, estava ele se referindo? Era aquilo que, na visão anterior, Daniel não tinha entendido. Sobre o carneiro, o bode e o chifre pequeno Daniel compreendeu, o que não entendeu foi a parte acerca dos 2.300 dias. 

Daniel 9:24: "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniqüidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos." 

Quando a Bíblia fala de um dia comum, quer dizer um período literal. Está escrito em Gênesis sobre manhã e tarde como compondo um dia completo de 24 horas. Jonas passou três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim Jesus estaria “no ventre da terra” durante o mesmo período. Jesus morreu na sexta-feira e no terceiro dia ressuscitou. Em Daniel e Apocalipse, quando se trata de profecias, fica claro que um dia representa um ano. 

O povo de Daniel eram os judeus. Quantos dias tem uma semana? Sete. Setenta vezes sete são 490 dias-proféticos, ou anos. Assim, os 490 anos da primeira parte da profecia deveriam aplicar-se ao povo judeu. A primeira parte dos 2.300 anos se refere aos judeus. 

A expressão “para fazer cessar a transgressão” descreve de maneira apropriada a persistente rejeição de Israel aos mandamentos de Deus, culminando com a rejeição e crucifixão do Messias esperado. 

O cumprimento de tudo o que foi profetizado ao fim das 70 semanas atestaria a autenticidade da visão, colocando um selo de confirmação na profecia. Selo é um documento de autenticidade. 

Daniel 9:25: "Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos." 

O anjo Gabriel dividiu o período de 70 semanas em três partes:

7 semanas (49 anos) 

62 semanas (434 anos)

1 semana (7 anos) 

O ponto de partida é identificado como “a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém”. Daniel estava prisioneiro em Babilônia havia 70 anos e estava preocupado em saber quando o povo seria libertado para voltar a Jerusalém e reconstruir a cidade, os muros, o templo e adorar a Deus em paz. 

Então Gabriel começou com um evento que era muito importante para Daniel. O tempo deveria ser contado a partir da ordem para restaurar Jerusalém até o Ungido, o Príncipe. Quem é o Ungido? Jesus, sem sombra de dúvida. 

A explicação de Gabriel é clara: a partir do decreto para reedificar Jerusalém transcorreriam 7 e mais 62 semanas (de anos) até o Cristo, o Messias. Ainda restaria mais 1 semana profética para completar as 70 semanas anunciadas. Assim, desde o decreto para restaurar Jerusalém até o Messias, Jesus, transcorreriam 483 anos (7 + 62 semanas). 

Na realidade, foram baixados três decretos; o terceiro deles foi expedido por Artaxerxes e era muito importante porque permitia aos judeus não só partir, como também restabelecer a adoração a Deus. Isso ocorreu em 457 a.C. 

A partir daí, deveriam ser contadas as 69 semanas até o Messias e mais uma, para completar os 490 anos. Assim, partindo de 457 a.C., se somarmos mais 483 anos chegaremos ao ano 27 d.C., porque não existe o ano zero. Precisamente nesse ano Jesus Cristo, o Messias, foi batizado, ou ungido pelo Espírito Santo (Lc 3:1, 21). 

Daniel 9:26: "Depois das sessenta e duas semanas será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas." 

No ano 70 d.C., a cidade de Jerusalém foi destruída por Tito Vespasiano. A Bíblia previra de forma milimétrica que o santuário terrestre seria destruído. 

Daniel 9:27: "Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele." 

Sessenta e nove das setenta semanas determinadas para o povo judeu haviam passado. Faltava a última semana. Uma semana profética, ou sete anos, que teriam início em 27 d.C. Se somarmos 27 com 7 chegaremos ao ano 34 d.C. No meio desse período, a Bíblia diz: “e na metade da semana”, o Messias seria crucificado. A metade da semana são três anos e meio. Se somarmos três anos e meio a partir do outono de 27 d.C. chegaremos à primavera de 31 d.C, data em que Jesus foi crucificado.

No fim desses 490 anos, em 34 d.C., os judeus selariam seu destino como povo de Deus. Logicamente que como indivíduos poderiam fazer parte do povo de Deus que viria depois. Qualquer pessoa, muçulmano, indiano, judeu, cristão, só é salvo através do sangue de Cristo. Mas os judeus não seriam mais a nação escolhida após 34 d.C.

Em 34 d.C., Estevão, o primeiro mártir cristão, foi apedrejado. Os líderes judeus rejeitaram o evangelho que passou a ser disseminado entre os gentios. Podemos ler essa história no livro de Atos, quando o sumo sacerdote fez um discurso no apedrejamento de Estevão, renunciando à fé cristã, rejeitando a Jesus como o Messias. Em 34 d.C., o evangelho passou a ser pregado aos gentios e a primeira parte dessa profecia se cumpriu. 

Os primeiros 490 dos 2.300 anos findaram em 34 d.C. Essa fração do grande período de 2.300 anos se referia ao povo de Daniel e à primeira vinda de Cristo. A última parte diz respeito ao moderno povo de Deus e à segunda vinda de Cristo. Deus usou um acontecimento que pudemos constatar – a primeira vinda de Cristo – para que compreendêssemos aquilo que não podemos ver – a segunda vinda de Cristo. Ora, se os acontecimentos da primeira parte da profecia se cumpriram pontualmente, obviamente os eventos da segunda parte também hão de se cumprir. 

“Até duas mil e trezentas tardes e manhãs e o santuário será purificado” (Dn 8:14) – Conforme vimos, as 70 semanas são apenas a primeira parte de um período mais longo, do qual elas foram tiradas. Quatrocentos e noventa anos foram amputados dos 2.300 anos. Isso nos deixa com 1.810 anos para cumprir a segunda parte da profecia. Como os 490 anos terminaram em 34 d.C., se somarmos mais 1.810 anos, chegaremos ao ano de 1844. 

Mas, alguém poderá dizer: “Nada aconteceu em 1844 que se encaixe na descrição da profecia!” A profecia disse que, em 1844, o santuário seria purificado. Isso não pode ser uma referência ao santuário de Jerusalém, o qual foi destruído em 70 d.C. Só pode ser uma referência ao santuário “o qual o Senhor fundou, e não o homem” (Hb 8:2). Esse é o santuário que está no Céu (Hb 9:11; Ap 4:5; 8:3; 11:19).

A purificação do santuário no Antigo Testamento fazia referência ao Dia da Expiação, que prefigurava o dia do julgamento. Como poderia o julgamento começar em 1844? A Bíblia não ensina que ele ocorrerá no tempo da segunda vinda de Cristo? Somente olhando para o conjunto, o contexto das profecias de Daniel, é que podemos encontrar uma resposta para essa pergunta. 

Tivemos uma prévia do julgamento no capítulo 7 de Daniel. Note as seguintes expressões: “Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias Se assentou” (Dn 7:9). “Assentou-se o tribunal, e se abriram os livros” (Dn 7:10). “E eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do homem, e dirigiu-Se ao Ancião de Dias” (Dn 7:13). 

Temos aqui um retrato do Ancião de Dias (Deus, o Pai) tomando assento e abrindo os livros. O Filho do homem (Jesus) vem com as nuvens dos céus (não nas nuvens, como em Sua segunda vinda) e aparece diante do Ancião de Dias. O capítulo 8 de Daniel continua o tema. A purificação do santuário, portanto, é o mesmo evento do julgamento de Daniel 7. 

Mais luz é lançada sobre o assunto quando lemos o capítulo 14 de Apocalipse. Temos ali a proclamação do evangelho eterno, e a mensagem pregada é: “Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo” (Ap 14:7). Essa mensagem não diz que a hora do Seu julgamento será no futuro, mas que ela está no presente. O evangelho está sendo pregado depois de haver chegado o tempo do julgamento. É dito que o dia da volta de Cristo não é conhecido nem pelos anjos do Céu (Mt 24:36). Mas sobre a hora do julgamento é dito: “Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um Varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-O dentre os mortos” (At 17:31). 

Segundo a mesma profecia (Dn 8:9-14), desde 1844, Deus tem restaurado para o mundo a verdade sobre as Escrituras. A verdade que foi perdida durante os séculos; que foi obscurecida por tradições e doutrinas humanas. A verdade de que somos salvos somente por Cristo e que nossas boas obras não nos podem salvar. A verdade de que em qualquer preocupação ou dificuldade que enfrentarmos, precisamos não de um sacerdote terreno, mas de Jesus, nosso Sumo Sacerdote celestial. A verdade de que se nós O amarmos, permitiremos que Ele mude nosso coração e escreva Sua lei em nosso interior. 

Se estivermos vivendo no tempo do fim desde 1844, então isso é mais do que 150 anos! Mas devemos nos lembrar de que Noé pregou a destruição pelo dilúvio durante 120 anos. A Terra está sendo julgada por 150 anos, porque o "dilúvio" final está chegando. Nos últimos 150 anos, a mensagem de Deus tem sido anunciada ao mundo enquanto o tempo se escoa. Estamos nos aproximando da grande crise, do fim do mundo, da volta de Cristo, dos últimos momentos que precedem a eternidade.

As fases do julgamento final:

O julgamento antes da volta de Cristo – Esse é o tempo em que o Filho do homem vem ao Ancião de Dias, purifica o santuário e investiga os livros (Dn 7:9-14, 27, 27; Dn 8:14). 
O julgamento na segunda vinda – O Filho do homem separa as ovelhas dos bodes (Mt 25:31-46). 
O julgamento durante o milênio – Os santos sentarão nos tronos e o julgamento será entregue a eles, ao examinarem os registros (Ap 20:4; 1Co 6:2, 3). 
A sentença final para os ímpios – No fim do milênio, os ímpios serão sentenciados ao castigo final (Ap 20:4, 12). 
A execução – Após a sentença final, os perdidos serão lançados no lago de fogo (Ap 20:12).

Que encorajamento para os cristãos de hoje é saber que nosso Representante está diante do trono da graça intercedendo em nosso favor! “Por isso, também pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7:25).

(Texto da jornalista Graciela Érika Rodrigues, baseado na palestra do advogado Mauro Braga. O textos anteriores podem ser obtidos no marcador "Daniel")


Fonte: www.criacionismo.com.br

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