
Baseados em dados recentes, os Drs. Joe e Freda questionam: Por que aqueles que não são virgens quando casam têm mais probabilidade de se divorciar do que aqueles que se mantiveram abstinentes até o casamento? Por que adolescentes sexualmente ativos têm mais probabilidade de ser depressivos do que os abstinentes? Por que casais casados reportam níveis mais altos de satisfação sexual do que os indivíduos não casados e com múltiplos parceiros sexuais?
E eu pergunto: Você já viu questionamentos semelhantes na grande imprensa? Dificilmente. Em revistas ditas femininas? Duvido. Em publicações para teens? Também não acredito.
A abordagem midiática focada no corpo e na sensualidade – portanto na extrema valorização do aspecto físico – frequentemente se esquece do mais importante órgão sexual: o cérebro (e preservativos e anticoncepcionais não proveem proteção contra as influências do sexo sobre o cérebro). Nossa “central de comando” trabalha sob o efeito de neurotransmissores como a dopamina, a oxitocina e a vasopressina. As três são neutras, podendo recompensar bons e maus hábitos, dependendo do estilo de vida ou do comportamento adotados pela pessoa. “Com a ajuda de técnicas de pesquisa e tecnologias modernas, cientistas estão confirmando que sexo é mais do que um ato físico momentâneo. Ele produz poderosas (até para a vida toda) mudanças no cérebro que dirigem e influenciam nosso futuro num grau surpreendente” (p. 21).
“Quando duas pessoas se tocam de maneira intensa, significativa e íntima, a oxitocina [também conhecida como ‘molécula monogâmica’] é liberada no cérebro da mulher. A oxitocina então faz duas coisas: aumenta o desejo da mulher por mais toques e faz a ligação da mulher com o homem com quem ela tem passado tempo em contato físico. [...] É importante reconhecer que o desejo de conexão não é apenas uma sensação emocional. A ligação é real e quase como o efeito adesivo de uma cola – a poderosa conexão que não pode ser desfeita sem grande dor emocional” (p. 37).
Segundo os autores, enquanto o efeito hormonal da oxitocina é ideal para casados, ele pode causar problemas para mulheres solteiras ou para moças abordadas por homens que desejam sexo. O cérebro feminino pode levá-la a um mau relacionamento que ela pensa ser bom por causa do contato físico e da resposta gerada pela oxitocina. A verdade sobre esse tipo de relacionamento pode ser clara para os pais ou amigos que estão preocupados com o bem-estar da moça, enquanto ela talvez não se dê conta do perigo ou da inconveniência da relação. Por isso, especialmente as mulheres jovens precisam ser advertidas sobre o poderoso efeito de ligação da oxitocina. O rompimento dessa ligação explica a incrível dor emocional que as pessoas geralmente sentem quando um relacionamento é terminado (p. 40, 41).